Intolerância religiosa é crime
Em pleno século XXI, convivermos com intolerância religiosa é um triste paradoxo. Mais triste ainda vindo daqueles se dizem democratas, progressistas e representantes das massas.
Em um mundo tão diverso e globalizado, a fé das pessoas ainda possa ser motivo de discriminação, ódio e até mesmo violência é inadmissível. É nosso dever repudiar toda e qualquer forma de intolerância religiosa, pois a liberdade de crença é um direito humano inalienável, garantido por lei em nosso país.
Cada indivíduo tem o direito de seguir a religião que escolher, ou mesmo de não seguir nenhuma, sem ser alvo de reprovação ou agressão. Nossa Constituição assegura a liberdade de crença, permitindo que cada um professe sua fé, seus valores e suas tradições. Isso não é apenas um princípio jurídico, mas uma condição fundamental para a convivência pacífica em sociedade.
É imprescindível reconhecer que a prática religiosa é uma expressão íntima e pessoal de cada indivíduo. Ninguém deve ser condenado ou marginalizado por suas crenças. Seja ao professar uma fé ancestral, adaptar-se a novas perspectivas ou até mesmo mudar de religião, essas decisões pertencem exclusivamente ao indivíduo. O respeito à escolha do outro é um pilar essencial de uma sociedade democrática e plural.
Vale lembrar que a diversidade religiosa enriquece nossas culturas e é um reflexo da própria riqueza da experiência humana. A convivência harmônica entre diferentes religiões é a base para o entendimento mútuo e o respeito recíproco. Quando desrespeitamos as crenças alheias, lançamos mão de uma arma poderosa: a desumanização. Isso nos afasta da empatia e do diálogo, pilares essenciais para a construção de um mundo melhor.
A intolerância religiosa não é apenas um problema de algumas sociedades distantes. Está presente em nossa comunidade, aqui mesmo em Poços.
Neste momento, convoco a todos para que, juntos, façamos um compromisso: repudiar a intolerância em todas as suas formas. Sejamos vozes ativas na defesa da liberdade religiosa, respeitando o direito de cada um de nós de crer ou não crer, de seguir ou mudar de caminho.
Que possamos lutar por um futuro onde a religião seja motivo de união e não de divisão, onde possamos nos encontrar em nossas diferenças, celebrando a pluralidade de nossas existências. Juntos, fazendo valer o respeito, a empatia e a justiça, construiremos uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
Como cristão, tenho certeza que isso é o desejo de Deus para todos nós, quer acreditemos Nele ou não, Ele acredita em nós.